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GNR detém 32 envolvidos no fabrico de "narcolanchas"

GNR detém 32 envolvidos no fabrico de "narcolanchas"

A GNR desmantelou, nos últimos dias, uma rede que se dedicava ao fabrico de lanchas rápidas – também conhecidas como “lanchas voadoras” ou “narcolanchas” – usadas no tráfico de droga por cartéis em Espanha. O epicentro da mega-operação policial, que contou com a colaboração da Guardia Civil espanhola, foi Samora Correia mas houve, também, buscas no Minho, em Gaia, Vila do Conde e Benavente. Foram detidas 32 pessoas e algumas já foram ouvidas em tribunal.

Em comunicado enviado nesta manhã de sexta-feira, a GNR revela que “esta operação resulta de uma investigação criminal, conduzida pelo Grupo de Intervenção de Operações Especiais da GNR, que decorria há 38 meses“.

No decurso da referida investigação, foram identificados diversos suspeitos de nacionalidade espanhola, facto que potenciou uma estreita colaboração com a Guardia Civil, ao abrigo da Cooperação Policial Internacional. Em resultado das diligências de investigação realizadas e em território português, foram detidas 32 pessoas e cumpridos 32 mandados de busca domiciliária, 21 mandados de busca não domiciliária e 35 mandados de busca/apreensão de veículos. Em território espanhol, foi ainda detida uma pessoa e cumpridos seis mandados de busca domiciliária, para além de 16 detenções já ocorridas, estas, ao longo dos 38 meses de investigação”, lê-se o comunicado da .

Estas pessoas são “suspeitas da prática dos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa e detenção de arma proibida”. Foram apreendidas “sete toneladas de haxixe; 650 kg de cocaína; 18 embarcações de alta velocidade, com um valor estimado de cerca de 8 milhões de euros; 40 motores de alta potência, com um valor estimado de cerca 2 milhões e meio de euros; 780 mil euros em numerário; 11 armas de fogo; 24 veículos automóveis”, acrescenta a GNR.

O esquema tinha epicentro num armazém situado num troço da EN118, entre Samora Correia (concelho de Benavente) e Alcochete, a uma curta distância do rio Tejo, acrescenta o Jornal de Notícias.

A rede produzia lanchas “voadoras” em Portugal, onde a lei é mais permissiva do que na vizinha Espanha – em Portugal o fabrico é permitido, o que obriga as autoridades a comprovarem uma intenção de fabricar para uso no tráfico de drogas por via marítima. Tendencialmente, estas lanchas são lançadas à água ainda em Portugal, seguem pelo mar até ao local – perto de Marrocos, regra geral – onde os fardos de droga estão a boiar e, depois, a droga é transportada até à costa espanhola.

Lanchas rápidas, casas de luxo, milhões em dinheiro e um líder em fuga. Como Lisboa se transformou na capital de uma rede ibérica de tráfico

A GNR acrescenta, no comunicado, que “esta operação teve como principal objetivo debelar a cadeia logística destes grupos de suspeitos que se dedicavam ao tráfico de estupefacientes, afetando, fortemente, a sua capacidade de distribuição de estupefaciente no território da Península Ibérica, contribuindo, dessa forma, para um aumento do sentimento de segurança das suas populações”.

No início de 2024, dois agentes da Guardia Civil morreram após o barco-patrulha em que seguiam ter sido abalroado por uma “narcolancha” onde seguiam traficantes de drogas no porto de Barbate, em Cádis.

Noche trágica para la familia de la Guardia Civil. Dos agentes han fallecido cuando han sido arrollados por una narcolancha en el puerto de Barbate. Descansen en Paz. Todo mi cariño a sus familiares y amigos. Con inmenso dolor. La muerte no es el final ???? pic.twitter.com/IK4vOaIGz3

— Macarena Olona (@Macarena_Olona) February 9, 2024

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